segunda-feira, 16 de abril de 2012

AMOR A TODA PROVA, de Glenn Ficarra e John Requa

"Crazy, Stupid, Love" - EUA - 2011 - Drama/Comédia - 118min. Roteiro de Dan Fogelman. Com Steve Carell, Julianne Moore, Ryan Gosling, Emma Stone, Kevin Bacon, Marisa Tomei, Analeigh Tipton, Jonah Bobo, John Carroll Lynch, Josh Groban.

Maturidade zero
O único acerto de Amor a Toda Prova é o termo "estúpido" do título original

Como sobreviver a duas horas de um filme que é tão clichê que chega a escalar atores talentosos em personagens que eles já interpretaram em outras ocasiões mas com a sacada genial de batizá-los com outros nomes? 

Como um caboclo que nunca considera perda de tempo a experiência de assistir uma produção cinematográfica, mesmo as ruins como esta, relacionarei em tópicos o que pude observar desse desperdício de talento e dinheiro:

✔ Acho que Steve Carell é um ator versátil. Incoerente com a introdução do post? Podem me julgar.
✔ Julianne Moore, graciosa e ruiva, fazendo a mãe arrependida que ostenta pensamentos clichê. Mas ainda gosto dela.
✔ Emma Stone, graciosa e ruiva, com olhos grandes e expressivos, fazendo a garotinha inteligente que se rende aos pensamentos clichê em prol da "mensagem". Mas ainda a acho linda e sei que será uma Gwen Stacy bacana no novo filme do Homem-Aranha.
✔ Ryan Gosling, presença estética sem expressões faciais. Seu personagem sofre uma mudança importante em roteiro, porém, impossível de perceber em película. Começo a duvidar de quem diz que o sujeito é bom ator.
✔ Kevin Bacon, aquele que se especializou em personagens repulsivos, mesmo que não seja para tanto. Conseguiu de novo.
✔ Marisa Tomei, aquela que se especializou em solteironas inseguras e solitárias em geral. Triste fim para uma vencedora do Oscar.
✔ Glenn Ficarra e John Requa, a dupla de diretores que se especializou em contar histórias de amor tortas  com desenvolvimento irregular (alguém assistiu O Golpista do Ano?), mas amam tanto os clichês do gênero que começo a desconfiar que fazem de propósito... Ei, deve ser isso! Porque tem o discurso no final, as coincidências absurdas, a "mensagem"... Gênios?
Ok, para não dizer que tudo é ruim, existe uma cena bacana de dez minutos com Emma Stone e Ryan Gosling na metade do filme. Uma pena que só aconteça após meio filme. E que seja tão curta. E que não signifique nenhuma melhora no longa em si.
✔ No mais, muitos adultos de comportamento infantil e muitas crianças comportando-se como adultos. Para quem já tem mais de 30 (ou a maturidade de), vai ficando irritante.

A experiência de assistir um filme nunca é perda de tempo para um cinéfilo. E sempre existe a opção de escrever a resenha em tópicos.

NOTA: