Vazio interior
Diretor de pérolas como 300 e Watchmen, Zack Snyder é um dos cineastas mais interessantes da atualidade no que diz respeito ao apelo visual dos filmes, (junto com Peter Jackson e Guillermo Del Toro). Sucker Punch confirma o que acabei de dizer: com fotografia, direção de arte e efeitos visuais de cair o queixo, o filme deixa perplexo a cada cena de ação ou cenário onde se encontra a protagonista; seja um manicômio de paredes esverdeadas ou um cabaré de fartas e lavadas cores, onde alegria e tristeza lutam palmo a palmo por sua atenção.
Diretor de pérolas como 300 e Watchmen, Zack Snyder é um dos cineastas mais interessantes da atualidade no que diz respeito ao apelo visual dos filmes, (junto com Peter Jackson e Guillermo Del Toro). Sucker Punch confirma o que acabei de dizer: com fotografia, direção de arte e efeitos visuais de cair o queixo, o filme deixa perplexo a cada cena de ação ou cenário onde se encontra a protagonista; seja um manicômio de paredes esverdeadas ou um cabaré de fartas e lavadas cores, onde alegria e tristeza lutam palmo a palmo por sua atenção.
Triste mesmo é ver que Snyder se esmerou tanto em criar a embalagem que negligenciou o conteúdo. Não que o ponto de partida não seja interessante, com uma introdução de flashes rápidos, mudos, belos e aflitivos: orfã (Browning) é enviada pelo padrasto à instituição mental para sofrer lobotomia e deixar para este a herança da mãe. Entregue ao corrupto enfermeiro chefe e sem esperança, a menina se entrega a um mundo fantasioso onde ela e suas companheiras de confinamento são heroínas enfrentando perigosas tarefas para escapar do seu triste destino.
Zack Snyder teve uma idéia interessante: ciente de que os filmes de ação e fantasia lotam os multiplexes graças à avidez dos adolescentes, imaginou enredo e personagens sob medida para agradar meninos e meninas: suas heroínas jovens e destemidas inspiram as garotas, que finalmente, podem se ver representadas em um filme do gênero; para os meninos, mais fácil ainda: além das cenas de ação exageradas que os caras adoram, o diretor tratou de vestir suas beldades com poucas e provocantes peças.
Porém, o Zack que brilhou nos mencionados 300 e Watchmen (incluo ainda o bom Madrugada dos Mortos), mostrou que o sucesso dos seus longas anteriores deve-se, além do incrível aparato visual, à matéria prima no qual se basearam. Sim, porque enquanto seus primeiros filmes possuem o DNA de gênios como Frank Miller, Alan Moore e George Romero, Sucker Punch se mostrou tão órfão quanto a protagonista do filme. O resultado é um final brochante, um anticlímax que quase derruba o belíssimo trabalho de seus artistas técnicos e o esforço das jovens atrizes.
Parece que ainda é cedo para comparar o realizador Zack Snyder a Peter Jackson e Guillermo Del Toro. Quem sabe depois de Man Of Steel?
NOTA: ✰✰✰✰✰
Zack Snyder teve uma idéia interessante: ciente de que os filmes de ação e fantasia lotam os multiplexes graças à avidez dos adolescentes, imaginou enredo e personagens sob medida para agradar meninos e meninas: suas heroínas jovens e destemidas inspiram as garotas, que finalmente, podem se ver representadas em um filme do gênero; para os meninos, mais fácil ainda: além das cenas de ação exageradas que os caras adoram, o diretor tratou de vestir suas beldades com poucas e provocantes peças.
Porém, o Zack que brilhou nos mencionados 300 e Watchmen (incluo ainda o bom Madrugada dos Mortos), mostrou que o sucesso dos seus longas anteriores deve-se, além do incrível aparato visual, à matéria prima no qual se basearam. Sim, porque enquanto seus primeiros filmes possuem o DNA de gênios como Frank Miller, Alan Moore e George Romero, Sucker Punch se mostrou tão órfão quanto a protagonista do filme. O resultado é um final brochante, um anticlímax que quase derruba o belíssimo trabalho de seus artistas técnicos e o esforço das jovens atrizes.
Parece que ainda é cedo para comparar o realizador Zack Snyder a Peter Jackson e Guillermo Del Toro. Quem sabe depois de Man Of Steel?
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