sexta-feira, 20 de novembro de 2009

CULT MOVIE: "The Warriors", de Walter Hill (EUA, 1979 - Ação) - Com James Remar, Michael Beck, Dorsey Wright, Brian Tyler, David Harris, Tom McKitterick, Deborah Van Valkenburgh.

Aproveito o timing de Ridley Scott, que está refilmando este clássico (a ser lançado em 2010), para falar um pouco do cult movie que é um dos meus prediletos, além de ser um dos culpados pela minha febre de cinema.

Nos anos 80, sem aparelho de vídeo cassete (então privilégio de poucos) precisava me contentar com exibições de filmes na TV. A Rede Globo era a campeã de bons filmes - e de reprises. Graças a essas repetições, eu e uma geração de caboclinhos hiperativos pudemos ver diversas vezes a reunião das maiores gangues novaiorquinas em torno de Cyrus (Roger Hill), líder da maior gangue da cidade (a Gramercy Riffs). Cyrus pregava a trégua entre as gangues em busca de um "bem comum": a guerra contra a polícia de Nova York. No entanto, Cyrus é assassinado durante seu discurso e a culpa recai sobre Cleon (Wright), líder dos Warriors, uma gangue do bairro de Coney Island. Os Riffs, então, utilizam uma rádio comunitária para pedir a cabeça dos Warrior. A partir deste ponto, o enredo é de filme de perseguição, com os Warriors cruzando a cidade para chegar ao seu território - onde julgam que estarão salvos.

POR QUE É BOM?
Podemos dizer que Walter Hill faz "cinema de macho". Suas cenas de ação não são elaboradas, as lutas não são estilosas e a mocinha está longe de ser a"donzela em perigo". Isso fica evidente na sua filmografia, que inclui "48 Horas" (com Nick Nolte e Eddie Murphy) e um dos filmes mais bacanas (e obscuros) de Bruce Willis, "O Último Matador". Hill segue a escola Don Siegel e Sergio Leone de filmar, com fotografia de poucas cores e violência crua. "The Warriors" estabeleceu um padrão aos filmes de gangue, além de fortalecer estereótipos em grupo numeroso (Ajax era o impulsivo/agressivo, Cisne o líder nato, Rembrandt o "bonzinho", etc). A trilha sonora black setentista também virou clichê na época, e mostrou que Walter Hill era chegado em boa música. O cineasta utilizou amplamente a trilha sonora como "contadora de história" em dois filmes: o meia-boca "Ruas de Fogo" e o simpático "Crossroads", com Ralph Macchio e Steve Vai. Este último talvez seja o único filme "suave" da sua carreira... Ei, desde quando filmes sobre pactos demoníacos são suaves?

A CENA
Ah, o combate entre os Warriors e os Baseball Furies (os caras caracterizados como jogadores de baseball, rostos pintados de vermelho e branco). Sensacional.

cotação:

2 comentários:

  1. Assisti esse filme também na Globo, entretanto, do ponto de vista histórico, apesar de ter sido um fracasso de bilheteria, Gangues de Nova York funciona melhor na verossimilhança e no contexto, pois retrata um perído real e interessante, embrionário da Sociedade Norte Americana.

    Gangues de Nova York foi pioneira a sua época na proposição, entretanto nunca me pareceu (pelo seu visual estiloso - vide a gangue caracterizada como jogadores de Baseball) muito crível na nossa realidade.

    ResponderExcluir
  2. Assisti várias vezes esse filme e constatei uma semelhança com a proposta original do filme; combater a polícia e dominar os bairros e a cidade.

    ResponderExcluir