quarta-feira, 13 de julho de 2011

O rock está morto? Vida longa ao Rei!

"Antes de Elvis, não existia nada".

A frase atribuída a um dos mais arrogantes rock stars de todos os tempos - John Lennon - simboliza hoje, 57 anos após ter gravado seu primeiro single, uma verdade indubitável: Elvis Presley é o Rei do Rock. Não foi o criador do estilo - aliás, o cara era um intérprete genial que passeava entre gêneros com competência única - mas sem dúvida foi Elvis quem colocou o rock no mapa da popularidade e da histeria adolescente. Foi também o disseminador da "atitude rock and roll" ao expor sua rebeldia sem causa; chocava a américa conservadora com danças provocativas, empunhava sua guitarra com fúria jovem, teve a existência auto-destrutiva típica de um rock star e fez escola ao morrer dos excessos da fama. Foi o primeiro da espécie a ter projeção maciça na mídia e era um artista sem paralelo. Merece reconhecimento e respeito enquanto a entidade "música" existir. E digo mais: toda banda que se propõe a fazer rock deveria pagar tributo e tirar um som do Rei em seus shows.

Qualquer coisa que se fale sobre o ícone Elvis é amplamente conhecida, portanto, vou parando por aqui. O título do blog não me dá o direito de ser redundante. Mas me obriga a listar minhas canções preferidas da prolífica Carreira Real:
  1. "Guitar Man" (Clambake, 1967)
  2. "A Little Less Conversation" (Almost In Love, 1970)
  3. "Power Of My Love" (From Elvis In Memphis, 1969)
  4. "Rubberneckin'" (Almost In Love, 1970)
  5. "If I Can Dream" (Elvis NBC - TV Special, 1968)
  6. "Burning Love" (Burning Love and Hits From His Movies Vol. 2, 1972)
  7. "Suspicious Minds" (From Memphis to Vegas/From Vegas to Memphis, 1969)
  8. "Spinout" (Spinout, 1966)
  9. "Sylvia" (Elvis Now, 1972)
  10. "Little Sister" (Elvis Golden Records Vol. 3, 1963)
  11. "Heartbreak Hotel" (Elvis Golden Records Vol. 1, 1958)
  12. "Clean Up Your Own Back Yard" (Almost In Love, 1970)
  13. "Stuck On You" (Elvis Golden Records Vol. 3, 1963)
  14. "Are You Lonesome Tonight?" (Elvis By Request - Flaming Star, 1961)
  15. "Way Down" (Moody Blue, 1977)
  16. "That's All Right" (For LP Fans Only, 1959)
  17. "Blue Suede Shoes" (Elvis Presley, 1956)
  18. "Memories" (Elvis NBC - TV Special, 1968)
  19. "Jailhouse Rock" (Elvis Golden Records Vol. 1, 1958)
  20. "Tutti Frutti" (Elvis Presley, 1956)
  21. "A Fool Such As I" (Elvis Golden Records Vol. 2, 1959)
  22. "In The Gheto" (From Elvis In Memphis, 1969)
  23. "Lawdy Miss Clawdy" (For LP Fans Only, 1959)
  24. "Sweet Caroline" (On Stage, 1970)
  25. "Can't Help Falling In Love" (Blue Hawaii, 1961)

Vida longa e próspera, Majestade.

terça-feira, 5 de julho de 2011

"DESCONHECIDO", de Jaume Collet-Serra

"Unknown" - UK/AL/FR/CA/JP/US - 2010 - Thriller/Ação- 113min. Roteiro: Oliver Butcher e Stephen Cornwell, baseado no romance "Out Of My Head" de Didier Van Cauwelaert. Com Liam Neeson, Diane Kruger, January Jones, Frank Langella, Bruno Ganz, Aidan Quinn.


"Esse livro não é tão bom, mas renderia um filme de ação bem bacana. Vejamos: tenho um ponto de partida intrigante, e uma conclusão divertida e satisfatória. A platéia vai vibrar quando for revelada a natureza da confusão do protagonista. Mas como preencher quase duas horas de filme entre o início promissor e a revelação bacana? Ora bolas, com perseguições pelas ruas de Berlim, lutas, algum suspense, uma partner linda - será que Diane Kruger é inadequada para viver uma taxista? -  e um ator com credibilidade para viver o desmemoriado protagonista... Matt Damon já viveu um desmemoriado? Ok, o papel cai melhor para  um bom ator de meia-idade que saiba fazer filmes de ação. Vamos usar um tema da moda, sustentabilidade, biotecnologia, essas coisas atuais e politicamente corretas. Peraí, cacete... É melhor desenvolver melhor a tal taxista, afinal, por que diabos ela se envolveria com um americano desconhecido, perseguido por gente armada e perigosa? Quer saber, os caras vão ficar pasmos com as cenas de ação - e com a revelação bacana -, nem vão questionar isso. Ele vai sofrer um acidente, ficar em coma, acordar sem os documentos. Assim ninguém vai acreditar quando ele disser que é o tal doutor. E como vou fazer um estrangeiro sem documentos, vitima de um grave acidente, mentalmente confuso, sair de um hospital alemão para curtir a trama bacana que estou pensando para ele? Pela porta da frente! Os caras vão ficar pasmos com as cenas de ação - e com a revelação bacana -, ninguém vai perceber essa pequena concessão. Arrumo dois atores de respeito para serem coadjuvantes de luxo - ligarei para o Frank Langella e um bom ator alemão - escalo uma beldade da moda para ser esposa do protagonista -  a loira do seriado Mad Men está no auge da fama - e pronto. Um jovem diretor estrangeiro atrairá os "indies" para o cinema. Fechou. Vou ligar para a Warner."

E assim Joel Silver contratou a equipe e rodou seu filme, provando de uma vez por todas que os fins não justificam os meios.

NOTA: D