Guerra ao Terror é o grande vencedor do Oscar 2010. Melhor filme, direção (Kathryn Bigelow), roteiro original (Mark Boal), montagem, mixagem e edição de som.
É o primeiro Oscar da história para uma mulher na direção. É mais um exemplo de filme independente (chamam assim nos States os filmes que custam menos de US$ 30 milhões) que ganha na categoria principal do mais badalado e cobiçado prêmio do cinema mundial. Porque não dá para ficar blasé diante do Academy Awards, por mais político, suscetível à lobby, antiquado ou conservador que seja.
E é um filmaço. Trata a guerra do Iraque por um ponto de vista original: a equipe anti-bombas do exército americano, pois este é o maior desafio nesta guerra idiota: impedir os atentados a bomba, única forma de resistência da combalida guerrilha iraquiana. A direção segura e criativa da ex-esposa de Jim Cameron segura a tensão na unha, pois não havia recursos financeiros para lotar o filme de cenas de ação. Optou-se, então, por colocar dois atores em ótima forma (Jeremy Renner, indicado merecidamente ao Oscar) e Anthony Mackie (uma indicação como melhor coadjuvante não seria exagero) em paradoxo companheirismo e discórdia: um luta uma guerra que é sua vida – Sargento William James (Renner), sendo “sargento” sua profissão e sentido da vida - o outro quer voltar vivo para casa. O que Kathryn Bigelow faz com esse enredo e estes atores semi-desconhecidos é algo impressionante. Merecido Oscar de direção.
O Oscar de best picture também caiu bem – o filme é ótimo.
Mas o espetáculo do ano, o longa a ser batido daqui por diante, a inovação, a ousadia, a beleza de difícil descrição, o encantamento imediato, isso é Avatar. O filme de James Cameron custou 25 vezes mais que Guerra ao Terror, mas dificilmente sairá da lembrança de quem o viu (principalmente em 3D). Não foi pirotecnia gratuita, o filme emociona. Os conservadores que me perdoem: para mim, Avatar deveria ser o principal vencedor da noite.
Mas o espetáculo do ano, o longa a ser batido daqui por diante, a inovação, a ousadia, a beleza de difícil descrição, o encantamento imediato, isso é Avatar. O filme de James Cameron custou 25 vezes mais que Guerra ao Terror, mas dificilmente sairá da lembrança de quem o viu (principalmente em 3D). Não foi pirotecnia gratuita, o filme emociona. Os conservadores que me perdoem: para mim, Avatar deveria ser o principal vencedor da noite.
Guerra ao Terror: A
Infelizmente, amigo, configurou-se neste Oscar 2010 mesma injustiça imposta no filme Matrix, que à sua época, revolucionou o paradigma do cinema para filmes de ação.
ResponderExcluirÉ, amigo. O Oscar tem disso. E, embora "Guerra ao Terror" seja um ótimo filme, "Avatar" não poderia sair da festa sem a estatueta principal.
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